A aparente inimizade entre a escola e a internet foi construída basicamente porque a rede mundial de computadores não é vista como fonte confiável de informações, além de facilitar a prática do plágio. A vilã de hoje, no entanto, pode ser a aliada de amanhã. É o que propõe o norte-americano Bernie Dodge, professor da Universidade Estadual de San Diego (Califórnia, EUA), criador de um novo conceito de aprendizado: a WebQuest. Traduzido ao pé da letra, o termo significa "Busca na Web". "É uma forma de resolver problemas criativamente e ensinar os alunos a pensar", explica Bernie.
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A WebQuest é uma página na internet, feita pelo professor, que apresenta aos alunos uma tarefa a ser cumprida com base no conteúdo trabalhado durante as aulas. O objetivo é aproximá-lo da realidade dos estudantes. Eles desenvolvem pesquisas sobre determinado assunto em web sites selecionados pelo professor. A estrutura de uma WebQuest divide-se em (1) introdução, (2) tarefa, (3) processo, (4) recursos e (5) avaliação.
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No primeiro momento, o professor contextualiza seus alunos em relação ao tema. Em seguida, apresenta a proposta do trabalho e seus objetivos. Depois, explica quais serão as etapas. Os recursos consistem no link que o professor monta com a relação de endereços confiáveis na rede, que os alunos usarão como fonte. Por fim, são esclarecido os critérios de avaliação da tarefa.
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A inquietação de Bernie em relação ao papel do educador na atualidade foi o que motivou a criação da WebQuest. Segundo ele, queria encontrar uma forma de transformar os alunos durante o processo pedagógico, de modo que o professor não fosse mais a figura transmissora de conhecimento na sala de aula. "O objetivo dos professores não é a transmissão, é a transformação, e o papel deles é reunir fontes de conhecimento para os alunos e ajudá-los a usá-las", explica. "Em uma sociedade que muda e fica mais complexa a todo tempo, não podemos depender de memorizar as coisas. Precisamos aprender sozinhos e olhar para tudo com ceticismo."
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Outra função da WebQuest seria aproximar o conteúdo ensinado na escola da realidade. Bernie também criou os conceitos de "verbos da vida" e "verbos da sala de aula", dois grupos de ações que só encontram uma intersecção no grupo "verbos da WebQuest" (leia quadro na página XXX). Para Jarbas Novelino Barato, responsável pelo projeto WebQuest: Aprendendo na Internet, da Escola do Futuro da Universidade de São Paulo, e professor da Universidade São Judas Tadeu e das Faculdades São Luís, "a escola repassa conteúdos de maneira organizada e didática, mas esses conteúdos não têm essa cara fora da escola". Jarbas acredita que os livros didáticos não são peças autênticas, pois a informação deglutida perde autenticidade. "O que se coloca é que a escola acaba oferecendo um conteúdo artificial e, em certo sentido, a internet é autêntica, pois tem artigos, sites atuais, conteúdos que não foram feitos para escolas", argumenta.
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A WebQuest é uma página na internet, feita pelo professor, que apresenta aos alunos uma tarefa a ser cumprida com base no conteúdo trabalhado durante as aulas. O objetivo é aproximá-lo da realidade dos estudantes. Eles desenvolvem pesquisas sobre determinado assunto em web sites selecionados pelo professor. A estrutura de uma WebQuest divide-se em (1) introdução, (2) tarefa, (3) processo, (4) recursos e (5) avaliação.
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No primeiro momento, o professor contextualiza seus alunos em relação ao tema. Em seguida, apresenta a proposta do trabalho e seus objetivos. Depois, explica quais serão as etapas. Os recursos consistem no link que o professor monta com a relação de endereços confiáveis na rede, que os alunos usarão como fonte. Por fim, são esclarecido os critérios de avaliação da tarefa.
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A inquietação de Bernie em relação ao papel do educador na atualidade foi o que motivou a criação da WebQuest. Segundo ele, queria encontrar uma forma de transformar os alunos durante o processo pedagógico, de modo que o professor não fosse mais a figura transmissora de conhecimento na sala de aula. "O objetivo dos professores não é a transmissão, é a transformação, e o papel deles é reunir fontes de conhecimento para os alunos e ajudá-los a usá-las", explica. "Em uma sociedade que muda e fica mais complexa a todo tempo, não podemos depender de memorizar as coisas. Precisamos aprender sozinhos e olhar para tudo com ceticismo."
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Outra função da WebQuest seria aproximar o conteúdo ensinado na escola da realidade. Bernie também criou os conceitos de "verbos da vida" e "verbos da sala de aula", dois grupos de ações que só encontram uma intersecção no grupo "verbos da WebQuest" (leia quadro na página XXX). Para Jarbas Novelino Barato, responsável pelo projeto WebQuest: Aprendendo na Internet, da Escola do Futuro da Universidade de São Paulo, e professor da Universidade São Judas Tadeu e das Faculdades São Luís, "a escola repassa conteúdos de maneira organizada e didática, mas esses conteúdos não têm essa cara fora da escola". Jarbas acredita que os livros didáticos não são peças autênticas, pois a informação deglutida perde autenticidade. "O que se coloca é que a escola acaba oferecendo um conteúdo artificial e, em certo sentido, a internet é autêntica, pois tem artigos, sites atuais, conteúdos que não foram feitos para escolas", argumenta.
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